Para medir a temperatura da economia, faculdades, institutos de pesquisa, sociedades de proteção ao crédito e empresas de consultoria conduzem uma série de questionamentos a empresários e fazem análise de diversos dados para tentar decifrar para onde caminha a atividade econômica no Brasil. Vejamos o que os indicadores econômicos compilados por estas empresas mostraram recentemente.
A prévida de julho do Índice de Confiança da Indústria (ICI), da Fundação Getúlio Vargas, marcou 68,5 pontos em julho, apresentando leve melhora em relação a junho (68,1 pontos) e queda expressiva em relação a julho de 2014, quando marcou 84,4 pontos. O ICI tem natureza majoritariamente qualitativa e dá ênfase ao presente e futuro próximo (trimestre do mês da pesquisa).
A mesma FGV compila o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), que em julho atingiu 82 pontos, a menor pontuação da série histórica. Em relação a junho a queda foi de 2,3% e em relação a julho de 2014 a queda foi de 23,1%. A pesquisa é mensal e busca captar o sentimento do consumidor em relação ao estado geral de sua economia e de suas finanças pessoais.
O Banco Central, através de seu boletim semanal Focus, consulta diversos bancos e consultorias a respeito de suas expectativas e previsões para importantes indicadores da economia. No relatório de 17 de julho, os analistas consultados esperavam (mediana) uma inflação, medida pelo IPCA, de 9,15% para 2015. A taxa SELIC, para estes analistas, deve terminar 2015 em 14,50%. E o PIB de 2015 deve encolher 1,70%. Para 2016, as expectativas apontadas no relatório eram de 5,40% para o IPCA, 12,00% para a SELIC no final do ano e crescimento do PIB de 0,33%. É importante ressaltar que estes dados não capturaram as expectativas pós-anúncio de redução da meta de superávit primário, reveladas no dia 23 de julho.
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