Milton Friedman foi um famoso economista americano – ganhador do Alfred Nobel de Economia – que afirmava que as corporações eram propriedade dos acionistas e, portanto, a única obrigação dos negócios era crescer seus lucros.
Ao analisar friamente, a afirmação de Friedman pode até fazer sentido, mas se levarmos em consideração a psicologia humana, veremos que a ganância pode ser um grande driver na forma como os negócios serão tocados. A medida que o pensamento de Milton Friedman foi ganhando espaço na cabeça dos investidores, muitas empresas começaram a amarrar o pagamento de seus executivos ao desempenho de suas ações na bolsa de valores.
Logo quando, por exemplo, 80% da remuneração desses funcionários estiver atrelada aos preços das ações de suas respectivas Companhias, ele ou ela fará o que for possível para que esse preço das ações aumente no mercado, podendo em algumas situações prejudicar os funcionários, os clientes, o meio ambiente ou até mesmo o próprio futuro da corporação.
Com isso, CEOs (Presidentes) direcionarão cada vez mais investimentos visando esse aumento de preços de ações no curto prazo, cortando excessivamente gastos ou talvez até comprando lotes de suas próprias ações na bolsa para diminuir a oferta e subir o preço das mesmas artificialmente.
Para se ter uma noção de acordo com um estudo feito por W. Lazonick, da Universidade de Massachusetts, entre 2007 e 2016 as companhias do S&P 500 gastaram 55% dos seus lucros em recompra de ações, 39% em dividendos e apenas 6% para outras finalidades como: aumentos salariais, P&D de novos produtos e processos, expansões ou novos investimentos em imobilizados e intangíveis. Itens os quais são muito relevantes para a saúde de longo prazo para qualquer Companhia
O que preocupa é que aos poucos evoluímos para essa visão de curto prazo dos direitos dos acionistas e muitas vezes deixamos de lado a visão de longo prazo das responsabilidades dos mesmos. Este novo mindset está ameaçando a habilidade das empresas de buscar projetos que levam à sustentabilidade social e corporativa e o crescimento econômico nacional.
A nossa saída para esse problema se encontra exatamente na democracia do mercado de ações, que dá a oportunidade a qualquer investidor de decidir quais empresas merecem alcançar o sucesso e quais ideias valem a nossa aposta, ao escolhermos Companhias com fundamentos sólidos e indícios de uma boa governança corporativa, aumentamos significativamente as chances de prolongamento do sucesso da economia e da sociedade moderna atual.
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